© [m.m. botelho] | fotografia | outubro de 2006
Os milagres acontecem
a horas incertas
e nunca estou em casa
quando o carteiro passa.
Hoje, abriu a primeira flor
e eu disse é um sinal.
Olho em volta: estou só
trago esta sombra comigo.
Ana Paula Inácio [n. 1966] | Vago Pressentimento Azul por Cima | Editora Ilhas | Porto | 2000
a horas incertas
e nunca estou em casa
quando o carteiro passa.
Hoje, abriu a primeira flor
e eu disse é um sinal.
Olho em volta: estou só
trago esta sombra comigo.
Ana Paula Inácio [n. 1966] | Vago Pressentimento Azul por Cima | Editora Ilhas | Porto | 2000
Quando estás longe de mim, olho muitas vezes para o relógio. Temo que o Tempo possa acelerar de repente e me apanhe desprevenida. Nunca sei quando vais entrar por aquela porta para me dizeres que lá fora já chove, sacudindo a gabardina, essa tua gabardina preta, sombra esguia que te cobre o corpo nestes dias incertos de Outono.
© [m.m. botelho], ao som de Os Milagres Acontecem, poema de Ana Paula Inácio [n. 1966] musicado por A Naifa no álbum Canções Subterrâneas.
© [m.m. botelho], ao som de Os Milagres Acontecem, poema de Ana Paula Inácio [n. 1966] musicado por A Naifa no álbum Canções Subterrâneas.