2.7.08

Imprevisibilidade

Deitei-me cansada, mas feliz, já passava das três da manhã. Acordei ainda não eram oito, ensonada, mas pronta para mais um dia de reboliço. Li o jornal, tomei o pequeno-almoço. Espreitei as mensagens de e-mail, apenas quarenta e sete (outras tantas haverão de chegar antes das seis da tarde). Afinal, ao trabalho já destinado para hoje juntou-se mais algum. Só depois de o carteiro passar por aqui saberei como, quando e onde terminará o meu dia.

Gostaria que acabasse como ontem imaginei que acabaria: à mesa contigo, o teu olhar no meu, eu deitada no teu sorriso.

Habituei-me e passei até a desejar uma grande dose de imprevisibilidade na minha vida. Sobre a dúvida do mundo cá em baixo, a certeza do azul do céu basta-se e basta-me.

© [m.m. botelho]