© [m.m. botelho] | fotografia | vila do conde | setembro de 2006
- Que fazes, tonta, aí sentada à beira-mar?
Sou
como as gaivotas em terra.
Não sabem que esperam,
não sei que espero.
Quem passa augura:
«Vai tempestade
no mar.» Em mim,
tumulto de ventos,
destroços
submersos
em lágrimas.
Cada onda traz em si
estranho voltar.
Que faço eu, tonta, aqui
sentada à beira-mar?
Não sei que espero,
se desespero
pelo tornar.
Eis-me, tonta, aqui
sentada
por ti,
em ti
à beira-mar.
© [m.m. botelho]
como as gaivotas em terra.
Não sabem que esperam,
não sei que espero.
Quem passa augura:
«Vai tempestade
no mar.» Em mim,
tumulto de ventos,
destroços
submersos
em lágrimas.
Cada onda traz em si
estranho voltar.
Que faço eu, tonta, aqui
sentada à beira-mar?
Não sei que espero,
se desespero
pelo tornar.
Eis-me, tonta, aqui
sentada
por ti,
em ti
à beira-mar.
© [m.m. botelho]